quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Discalculia

O que é Discalculia? - Dificuldade de aprender matemática.
Sinais de “mais”, “menos”, “maior”, subtrair, dividir, cálculo de porcentagem, pode parecer um bicho de sete cabeças? Em alguns casos, o problema não está na criança, e sim nos professores ou na metodologia da escola que não se adapta ao aluno. Muitos estudos mostram que o desenvolvimento da criança em termos quantitativos é adquirido gradativamente. Em outros casos, a dificuldade pode ser apenas da pessoa, tratando-se de um distúrbio conhecido como discalculia, e não de pura preguiça como alguns podem pensar. A discalculia é causada por má formação neurológica, que provoca dificuldade em aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade em entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números… É importante esclarecer que, a discalculia não é causada por má escolarização, deficiência mental, déficits visuais ou auditivos ou qualquer ligação com níveis de QI.
A matemática é uma ferramenta essencial em nossas vidas, por isso a importância de diagnosticar a discalculia nos primeiros anos de vida. Quando não reconhecido a tempo, pode dificultar o desenvolvimento da criança, resultando no medo, comportamentos inadequados, agressividade, apatia e até o desinteresse. 
Existem seis subtipos para a discalculia: 
-Verbal: resistência em nomear números, termos e símbolos;
-Léxica: problemas para ler os símbolos matemáticos;
-Practognóstica: dificuldade para enumerar, comparar e/ou manipular objetos ou imagens matemáticas;
-Gráfica: dificuldade em escrever símbolos matemáticos;
-Operacional: resistência para executar operações e cálculo numéricos;
-Ideognóstica: dificuldade para mentalizar as operações e para compreender os conceitos matemáticos.
Para o professor diagnosticar a discalculia em seu aluno, é fundamental observar a trajetória da aprendizagem dele. Ficar atento se, com frequência, os símbolos são escritos incorretamente, se há incapacidade em operar com quantidades numéricas, se não reconhece os sinais das operações. Dificuldade na leitura dos números e em mentalizar as contas também são sinais da dislexia. É importante que o professor realize atividades específicas, sem isolá-lo do restante da turma. É regressivo ao tratamento de discalculia ressaltar as dificuldades, diferenciando o aluno dos demais colegas; mostrar-se impaciente, interromper ou tentar adivinhar o que a criança quer dizer; corrigir o aluno frequentemente diante da turma; ignorá-lo; forçá-lo a fazer as lições quando nervoso por não ter conseguido. Uma dica é propor jogos em sala e usar situações concretas nos problemas matemáticos. 
O psicopedagogo e o psicólogo são indicados ao tratamento da discalculia, que deve ser feito em parceria com a escola e com os familiares. Esses profissionais ajudam com relação à autoestima e valoriza as atividades realizadas. Também vão descobrir o processo de aprendizagem da criança através de instrumentos que irão ajudá-la no entendimento. Os jogos ajudam com as habilidades psicomotoras e espaciais, na contagem.
Já um neurologista irá confirmar, através de exames, a dificuldade específica do paciente, e encaminhá-lo para o tratamento ideal. É importante detectar as áreas do cérebro afetadas. A maioria das crianças pode não gostar de contas, achar chata e difícil. Mas é importante diferenciar a inadaptação do aluno ao ensino da escola, ou ao professor, do distúrbio que provoca dificuldade com os números. 
Caso a pessoa esteja se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas, procure um especialista que possa tirar a dúvida e, dependendo, começar o tratamento, pois, quanto antes for descoberto, menor o prejuízo para a criança e melhor ela se adaptará com as questões do cotidiano, relacionamento, autoconfiança, poder de decisão.
Fonte: www.centropsicopedagogicoapoio.com.br
Postado por: Ana Claudia Foelkel Simões
Psicóloga e Terapeuta
(11) 972733-3448

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