Ao chegar à adolescência o jovem começa a questionar valores e até mesmo
as ordens e obrigações que lhe são impostas. O pai ou a mãe que estava
acostumada com aquela criança que obedecia com facilidade, que talvez fizesse
alguns protestos, batia o pé, mas por fim obedecia, com certeza irão se
assustar e até se intimidar diante de um projeto de adulto que tenta se impor
diante deles. Tenha a clareza que isso não ocorre só na sua casa isso, é algo
natural e saudável quando dentro de um limite. Na vida adulta temos que
enfrentar muitas dificuldades e adversários mais fortes do que nós. Dessa
forma, para o adolescente enfrentar os pais é como treino para enfrentar o
mundo.
Isso não quer dizer que você deva ceder a todas as vontades e desmandes
do adolescente, pelo contrário o mundo não é assim. Alem disso, sendo o
adolescente imaturo e inexperiente, suas vontades podem colocá-lo em situações
de risco e você como guardião (ã) legal tem obrigação de protegê-lo.
O
que fazer então?
- É necessário que você mantenha a firmeza e a
convicção do que você está falando, para isso você precisa estar certo de que o
que você está a falar é realmente verdade e é o melhor para o adolescente. Essa
certeza se adquire através da reflexão sobre o tema. Exemplo: se você não quer
que seu filho (a) chegue tarde em casa, pense em todos os motivos que tem para
isso:
- · A criminalidade das ruas
- · A truculência da policia
- · Más companhias...
Junte todos os argumentos possíveis ao seu favor, pois com certeza o seu
filho (a) já fez isso antes de você, e até deve ter se “consultado” com um
amigo mais experiente no assunto. Converse com outras pessoas sobre esse
assunto com o seu cônjuge, professores do seu (sua) filho (a), vizinhos, pais
dos amigos dele (a), se possível converse com um psicólogo.
Não
se intimide!
- Ao falar “grosso”, gritar ou dizer que as
“coisas mudaram” o adolescente está querendo vencer pelo terror, mostrar que
não precisa mais de você ou que suas ideias estão ultrapassadas, coisas que nem
eles acreditam de fato. É preferível que evite discutir no momento da raiva
(discutir com criança não dá não é?) retome o diálogo quando o (a) adolescente
estiver mais calmo.
Fonte: César Borella
Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões - Psicóloga
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