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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Terapia Cognitiva

A terapia cognitiva baseia-se numa teoria específica da psicopatologia. Inclui-se neste sistema um conjunto de princípios e técnicas terapêuticas, de conhecimentos derivados de investigações empíricas. A sua estrutura teórica alicerça-se na psicologia cognitiva, na teoria do processamento da informação e na psicologia social. O processo terapêutico é ativo, com uma abordagem limitada no tempo, que tem sido usada favoravelmente no tratamento de um vasto conjunto de perturbações. A terapia cognitiva baseia-se na proposta teórica de que o modo como as pessoas pensam e percebem tem um grande impacto no modo como sentem e se comportam. Assim, se interpretam uma situação como sendo perigosa, sentem-se ansiosos e com uma necessidade urgente de fugir. Os pensamentos, sejam eles verbais ou imaginários, decorrem das crenças, atitudes e pressupostos que são desenvolvidos precocemente na vida de uma pessoa.

A expressão “Terapia Cognitiva” deriva da descoberta de que as perturbações psicológicas decorrem frequentemente de erros específicos e habituais de pensamento. “Cognitivo” tem origem no termo latino para pensamento, referindo-se à maneira como as pessoas fazem julgamentos e tomam decisões, assim como suas interpretações, corretas ou incorretas, das suas ações e das ações dos outros. Na terapia, é colocada ênfase na investigação e modificação, quer das estruturas cognitivas das pessoas, incluindo o conceito de ideias conscientes, imagens e memórias, quer dos processos cognitivos tais como a atenção, o raciocínio, a recuperação e as expectativas.

A terapia cognitiva considera as pessoas como sendo moldadas pelas estruturas ou processos cognitivos desenvolvidos desde cedo na vida. Os problemas psicológicos são compreendidos como decorrendo de processos comuns, tais como uma aprendizagem defeituosa, uma realização de interferências incorretas com base em informação inadequada ou incorreta e uma ausência de discriminação adequada entre imaginação e realidade.

Desde cedo na vida, fundamentados em pressupostos errados, as pessoas podem formular regras ou padrões excessivamente rígidos e absolutos. Tais padrões derivam de “esquemas” ou “padrões complexos de pensamento”, os quais determinam o modo como os fatos serão percebidos e conceituados. Estes esquemas ou padrões de pensamento são empregados com frequência, mesmo na ausência de dados ambientais, podendo funcionar como um tipo de “molde”, que modela os dados recebido de modo a ajustá-los e a reforçar as noções preconcebidas. Esta distorção de experiência é mantida por intermédio da ação de erros característicos no processamento da informação. Argumenta-se, também, que vários gêneros de pensamentos contribuem para os ciclos de feedback que fundamentam as perturbações psicológicas. Por exemplo, erros sistemáticos de raciocínio, denominados “distorções cognitivas”, estão presentes durante períodos de sofrimento psicológico. Estes erros incluem alguns dos seguintes:
  • Interferência arbitrária. São tiradas conclusões na ausência de evidência substancial que as apoie. Por exemplo, um homem cuja mulher vem do trabalho e chega a casa com meia hora de atraso conclui: “Ela deve ter um caso com alguém.”
  • Abstração seletiva. A informação é tomada fora do seu contexto e certos detalhes são realçados, enquanto outra informação é ignorada. Por exemplo, uma mulher cujo marido não responde ao seu primeiro cumprimento do dia conclui: “Ele deve estar outra vez zangado comigo.”
  • Hiper generalização. Um ou dois incidentes isolados são admitidos como representações de situações similares em toda a parte, relacionadas. Por exemplo, depois de ter sido rejeitado para um primeiro encontro romântico, um jovem conclui: “Todas as mulheres são iguais; eu serei sempre rejeitado.”
  • Ampliação e minimização. Um acontecimento ou circunstância é percebido por uma ótica mais ou menos favorável do que aquela que é apropriada. Por exemplo, a descoberta de que o talão de cheques foi cancelado enfurece o marido, que declara à sua esposa: “Estamos financeiramente condenados.”
  • Personalização. Acontecimentos externos são atribuídos a si próprio na ausência de evidência suficiente para exprimir uma conclusão. Por exemplo, uma mulher descobre o seu marido passando a ferro uma camisa que já estava passada e presume: “Ele não está satisfeito com o modo como eu trato da sua roupa.”
  • Pensamento dicotômico. As experiências são codificadas em termos de branco ou preto, como um sucesso absoluto ou um fracasso total. Por exemplo, após solicitar a opinião da esposa acerca da coloração do papel de parede na sala, esta questiona as linhas de junção, e o marido pensa consigo mesmo: “Não consigo fazer nada certo.”
  • Rotulação correta e incorreta. A identidade de uma pessoa é representada com base em imperfeições e erros feitos no passado, sendo estes usados para definir a sua propriedade. Por exemplo, numa sequência de erros contínuos na preparação das refeições, um dos cônjuges afirma: “Eu não presto para nada”, por oposição ao reconhecimento dos seus erros como sendo humanos.
Estes são alguns erros que cometemos na nossa rotina.
Para conhecer-se melhor, faça terapia cognitiva! 

Fonte: Fronteiras da Terapia Cognitiva 

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões 
Psicóloga Clínica - (11) 97273-3448

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Terapia em Grupo

Conheça os benefícios da terapia em grupo. A técnica ajuda a superar problemas através do contato com o outro. 
A terapia em grupo é uma prática terapêutica que apresenta bons resultados e tem ajudado muitas pessoas a superar problemas. Ela é feita em grupos de no mínimo três pessoas que se encontram semanalmente por aproximadamente 1 hora e 30 minutos para trocar experiências, compartilhar dores e sofrimentos e procurar apoio em momentos difíceis, com o auxílio do profissional psicólogo.
O principal motivo que faz com que as pessoas não procurem essa forma de terapia é a vergonha ou a dificuldade de expor seus problemas para outras pessoas. Esse receio é totalmente compreensível, mas na prática não tem fundamento, pois todos que participam do grupo estão dispostos a ouvir e apoiar e não para julgar, ridicularizar ou menosprezar os outros participantes. O profissional que conduz o grupo também está lá para apoiar todos os presentes e auxiliá-los com suas questões. Cabe a ele não permitir que pessoas mal intencionadas ou com dificuldade para respeitar o outro participem do grupo.
Superando a desconfiança, timidez e incredulidade é hora de aproveitar os benefícios da terapia em grupo, que são muitos. O principal deles é estar em contato com pessoas que estão passando por situações parecidas com as suas. Através da troca, todos começam a se sentir mais fortes para enfrentar o problema e passam a vê-lo de uma forma diferente. 

Outros benefícios importantes também podem ser obtidos através da terapia em grupo:
Contato Interpessoal:
A oportunidade de conhecer e estar em contato com novas pessoas, principalmente pessoas que podem ter algo em comum com você.
Ter a certeza de que está sendo ouvido e compreendido:
Atualmente, muitas pessoas têm reclamado da dificuldade em poder ser ouvido e compreendido por alguém, encontrar alguma pessoa em que se possa confiar totalmente e principalmente, não ter suas ideias, pensamentos e problemas julgados e questionados. Certamente na terapia em grupo você não ouvirá as famosas frases: "Se eu fosse você", "No seu lugar" e "Você devia fazer como eu faço".
Sentir que existem pessoas que se importam com você e com a sua dificuldade:
Ao interagir e trocar experiências com pessoas que estão vivendo situações iguais ou semelhantes às suas, as pessoas ficam mais próximas e preocupadas umas com as outras.
Ter um custo menor:
Cada sessão de terapia em grupo geralmente tem o valor mais baixo que a terapia individual, o que torna a terapia acessível a um maior número de pessoas.
Os grupos podem ser livres ou temáticos:
Nos grupos livres, as questões, problemas e interesses variam de pessoa para pessoa. Nos grupos temáticos, as questões são específicas como, por exemplo, obesidade, álcool, drogas, depressão, terceira idade, gravidez, luto e etc..
Caso você ou alguma pessoa conhecida esteja com dificuldade para encontrar apoio ou solucionar alguma questão, considere a terapia em grupo como opção. Saiba que existem grupos de pessoas coordenados por profissionais capacitados que estão dispostos e têm condições de te ajudar.
Fonte: minhavida.com.br

Postado por: Dra. Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica - (11) 97273-3448 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Discalculia

O que é Discalculia? - Dificuldade de aprender matemática.
Sinais de “mais”, “menos”, “maior”, subtrair, dividir, cálculo de porcentagem, pode parecer um bicho de sete cabeças? Em alguns casos, o problema não está na criança, e sim nos professores ou na metodologia da escola que não se adapta ao aluno. Muitos estudos mostram que o desenvolvimento da criança em termos quantitativos é adquirido gradativamente. Em outros casos, a dificuldade pode ser apenas da pessoa, tratando-se de um distúrbio conhecido como discalculia, e não de pura preguiça como alguns podem pensar. A discalculia é causada por má formação neurológica, que provoca dificuldade em aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade em entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números… É importante esclarecer que, a discalculia não é causada por má escolarização, deficiência mental, déficits visuais ou auditivos ou qualquer ligação com níveis de QI.
A matemática é uma ferramenta essencial em nossas vidas, por isso a importância de diagnosticar a discalculia nos primeiros anos de vida. Quando não reconhecido a tempo, pode dificultar o desenvolvimento da criança, resultando no medo, comportamentos inadequados, agressividade, apatia e até o desinteresse. 
Existem seis subtipos para a discalculia: 
-Verbal: resistência em nomear números, termos e símbolos;
-Léxica: problemas para ler os símbolos matemáticos;
-Practognóstica: dificuldade para enumerar, comparar e/ou manipular objetos ou imagens matemáticas;
-Gráfica: dificuldade em escrever símbolos matemáticos;
-Operacional: resistência para executar operações e cálculo numéricos;
-Ideognóstica: dificuldade para mentalizar as operações e para compreender os conceitos matemáticos.
Para o professor diagnosticar a discalculia em seu aluno, é fundamental observar a trajetória da aprendizagem dele. Ficar atento se, com frequência, os símbolos são escritos incorretamente, se há incapacidade em operar com quantidades numéricas, se não reconhece os sinais das operações. Dificuldade na leitura dos números e em mentalizar as contas também são sinais da dislexia. É importante que o professor realize atividades específicas, sem isolá-lo do restante da turma. É regressivo ao tratamento de discalculia ressaltar as dificuldades, diferenciando o aluno dos demais colegas; mostrar-se impaciente, interromper ou tentar adivinhar o que a criança quer dizer; corrigir o aluno frequentemente diante da turma; ignorá-lo; forçá-lo a fazer as lições quando nervoso por não ter conseguido. Uma dica é propor jogos em sala e usar situações concretas nos problemas matemáticos. 
O psicopedagogo e o psicólogo são indicados ao tratamento da discalculia, que deve ser feito em parceria com a escola e com os familiares. Esses profissionais ajudam com relação à autoestima e valoriza as atividades realizadas. Também vão descobrir o processo de aprendizagem da criança através de instrumentos que irão ajudá-la no entendimento. Os jogos ajudam com as habilidades psicomotoras e espaciais, na contagem.
Já um neurologista irá confirmar, através de exames, a dificuldade específica do paciente, e encaminhá-lo para o tratamento ideal. É importante detectar as áreas do cérebro afetadas. A maioria das crianças pode não gostar de contas, achar chata e difícil. Mas é importante diferenciar a inadaptação do aluno ao ensino da escola, ou ao professor, do distúrbio que provoca dificuldade com os números. 
Caso a pessoa esteja se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas, procure um especialista que possa tirar a dúvida e, dependendo, começar o tratamento, pois, quanto antes for descoberto, menor o prejuízo para a criança e melhor ela se adaptará com as questões do cotidiano, relacionamento, autoconfiança, poder de decisão.
Fonte: www.centropsicopedagogicoapoio.com.br
Postado por: Ana Claudia Foelkel Simões
Psicóloga e Terapeuta
(11) 972733-3448

quinta-feira, 14 de março de 2013

SOLIDÃO


É um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa, não por que simplesmente se isola, mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme. 

Distinção da solitude
Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. Muitas pessoas passam por momentos em que se encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria. Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde que esteja sob controle do indivíduo. Solitude é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha consciente. A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.
Em seu crescimento como indivíduo, o ser humano começa um processo de separação ainda no nascimento, a partir do qual continua a ter uma independência crescente até a idade adulta. Desta forma, sentir-se sozinho pode ser uma emoção saudável e, de fato, a escolha de ficar sozinho durante um período de solitude pode ser enriquecedora. Para sentir solidão, entretanto, o indivíduo passa por um estado de profunda separação. Isto pode se manifestar em sentimentos de abandono, rejeição, depressão, insegurança, ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância e ressentimento. Se tais sentimentos são prolongados eles podem se tornar debilitantes e bloquear a capacidade do indivíduo de ter um estilo de vida e relacionamentos saudáveis. Se o indivíduo está convencido de que não pode ser amado, isto vai aumentar a experiência de sofrimento e o consequente distanciamento do contato social. A baixa autoestima pode dar início à desconexão social que pode levar à solidão.

Causas comuns
As pessoas podem sentir solidão por muitas razões e muitos eventos da vida estão associados a ela. A falta de amizades durante a infância e adolescência ou a falta de pessoas interessantes podem desencadear não só a solidão, mas também a depressão e o celibato involuntário. Ao mesmo tempo, a solidão pode ser um sintoma de um outro problema social ou psicológico, que deveria ser tratado.
Muitas pessoas passam pela experiência da solidão pela primeira vez quando são deixadas sozinhas quando crianças. É um pensamento muito comum, embora temporário, em consequência de um divórcio ou a perda de algum relacionamento afetivo de longa duração. Nesses casos, a solidão pode ocorrer tanto por causa da perda do outro indivíduo quanto pelo afastamento do círculo social do qual ambos faziam parte, causado pela tristeza associada ao evento.
A perda de alguém significativo na vida de uma pessoa provoca um período de lamentação, onde o indivíduo sente-se sozinho mesmo na presença de outros. A solidão pode ocorrer também após o nascimento de uma criança, um casamento ou outro evento socialmente disruptivo, como a mudança de um estudante para um campus universitário. A solidão pode ocorrer dentro de um casamento ou relacionamentos íntimos similares quando há raiva, ressentimento ou quando o amor dado não é correspondido. Pode também representar uma disfunção de comunicação. Aprender a lidar com mudanças de estilos de vida é essencial para superar a solidão.

Condição humana
A escola existencialista vê a solidão como essência do ser humano. Cada pessoa vem ao mundo sozinha, atravessa a vida como um ser em separado e, no final, morre sozinho. Aceitar o fato, lidar com isso e aprender como direcionar nossas próprias vidas de forma bela e satisfatória é a condição humana.  Alguns filósofos, como Jean-Paul Sartre, acreditaram numa solidão epistêmica, onde a solidão é parte fundamental da condição humana por causa do paradoxo entre o desejo consciente do homem de encontrar um significado dentro do isolamento e do vazio do universo. Entretanto, alguns existencialistas pensam o oposto: os indivíduos precisariam se engajar ativamente uns aos outros e formar o universo na medida em que se comunicam e criam, e a solidão é meramente o sentimento de estar fora desse processo.

Tratamento
Existem muitas formas diferentes para tratar a solidão, o isolamento social e a depressão. O primeiro passo, e o mais frequentemente recomendado, é a terapia. A terapia é um método comum e efetivo de se tratar a solidão, e geralmente é bem-sucedido. Terapias curtas, o tipo mais comum, geralmente se estendem por 10 a 20 semanas. Durante a terapia, enfatiza-se a compreensão da causa do problema; reverter os pensamentos, sentimentos e atitudes negativas resultantes do problema; e explorar as formas de melhora do paciente. Alguns especialistas recomendam a terapia em grupo como uma forma de se conectar a outras pessoas que passam pelo mesmo sofrimento e estabelecer assim um sistema de apoio. Especialistas frequentemente prescrevem antidepressivos como tratamento ou em conjunto com a terapia.
Abordagens alternativas são sugeridas por alguns especialistas. Tais tratamentos incluem exercícios físicos, dieta, acupuntura, fitoterapia, entre outros. Muitos pacientes relatam que a participação em tais atividades aliviaram os sintomas relacionados à depressão, total ou parcialmente. Outro tratamento, tanto para depressão quanto para a solidão, é a terapia de animais de estimação, ou terapia através da presença de animais de companhia, como cachorros, gatos, coelhos e até mesmo porquinhos-da-índia. 

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448

OBESIDADE - ASPECTOS PSICOLÓGICOS

A Obesidade é uma doença que preocupa atualmente médicos e psicólogos, e vem sendo discutida nos últimos anos com a preocupação tanto física quanto emocional desses pacientes. 

Várias são as causas que apresentam como consequências a obesidade e em especial a obesidade mórbida. 


A obesidade vem sendo estudada de forma mais efetiva nos últimos anos na busca de explicações que permitam intervenções mais eficazes no processo de emagrecimento.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, mostram que aproximadamente 30% da população está com peso 20% acima do recomendado. No Brasil, pesquisa aponta um crescimento da obesidade na população adulta - 24 a 64 anos.

Sob o ponto de vista médico, obesidade é o excesso de tecido adiposo no organismo.
É considerada uma doença crônica e inter-relacionada direta e indiretamente com algumas outras situações patológicas contribuintes da morbi-mortalidade como doenças cardiovasculares, osteomusculares e neoplásticas.


Além disso e por causa disso, a obesidade é responsável por um alto custo na saúde pública.

A obesidade é uma enfermidade heterogênia de origem multifatorial, resultante da combinação de fatores genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, dietéticos, sociais, familiares e psicológicos. 

Vários métodos podem ser utilizados para estimar o total de gordura no corpo, mas a relação peso/altura é a medida antropométrica mais utilizada e a mais simples de obter.
Assim o índice de massa corpórea (IMC) é obtido pela divisão do peso (Kg) pela altura ao quadrado . Com IMC acima de 30, o indivíduo é considerado obeso. 


Que 90% a 95% dos pacientes voltam a engordar após o tratamento clínico da obesidade.
Considerando-se que apenas 5% dos casos de obesidade, tem sua etiologia conhecida (fatores hormonais e constitucionais), somos levados a investigar outros fatores como o psicológico.

A obesidade do ponto de vista psicológico:

Podemos estudar o indivíduo isoladamente, ou como um conjunto de indivíduos tomados como unidade, ou ainda de forma mais ampla, nas instituições sociais.
Os dinamismos psíquicos individuais têm sido relatados com maior frequência e mais amplamente na tentativa de responder o que a gordura representa para o obeso.
No enfoque clínico tradicional a ênfase está no dinamismo psíquico individual, dando relevância ao conflito, às defesas e possibilidades de solução dos sintomas, sempre em relação àquele indivíduo isoladamente.
O contexto sócio - cultural ao qual está inserido é levado em consideração, mas a análise centra-se no indivíduo. 
Chama de âmbito psicossocial. A literatura psicanalítica é, inclusive, bastante coincidente na maioria dos pontos que explicam a obesidade e o obeso neste enfoque clínico individual.
O bebê chora de fome, sente-se mal, logo que come, sente-se bem. Quando adulto, frente a qualquer aborrecimento ou tensão nervosa, come para sentir-se bem, como o bebê.
A mãe que relaciona comida com ser forte, poderá estar concorrendo para fixar no alimento os futuros problemas emocionais. A satisfação é além de motivo de prazer, um símbolo de segurança.
Pessoas obesas, conscientes ou inconscientemente encontram no alimento uma forma de amortecer suas emoções. 
Um adulto que não encontra satisfação na vida, rechaça o intenso desejo de afeto dos demais e se refugia nas pautas primárias de conduta, as satisfações orais. Por outro lado, seria também um desejo de amor com intensas tendências agressivas de devorar ou possuir.
Freud em 1895, já chamava a atenção para a bulimia como um equivalente do ataque de angústia.
Vários autores referem o período do emagrecimento do obeso. A fixação no período oral é uma defesa contra regressões mais profundas e graves, ou seja, a adiposidade funciona como defesa ao surgimento de núcleos psicóticos. 
Excesso de peso para o indivíduo constitui-se como uma “muleta” que tem que carregar pelo resto da vida, ou seja, nele localiza-se o foco de sua angústia e dificuldades sociais, levando-o a isolar-se do meio social no qual está inserido.
Uma vez estabelecida a obesidade, o indivíduo passa a viver em função das dificuldades que o excesso de peso lhe traz. É nesse momento que uma série de aspectos ligados a gordura passam a incomodar o obeso. Este deixa de se expor em lugares públicos, praia, restaurantes, shopping, etc...
Atualmente populações inteiras estão comendo mais do que deveriam, o que deflagrou num verdadeiro surto de obesidade, deixando de ser uma preocupação da minoria, constituindo-se num problema que merece atenção, levando vários profissionais de diversas áreas a pesquisar sobre as causas da obesidade.
A obesidade é fenômeno de causas complexas e multifatoriais onde não só os fatores orgânicos, psicológicos, sociais e ambientais estão envolvidos no seu aparecimento. Esta passou a ser vista como uma doença que em alguns casos pode levar à morte.
Quando o assunto é obesidade, logo imaginamos um indivíduo que come em demasia. Isso certamente se comprova em alguns casos, mas o que leva essas pessoas a comerem em excesso, que função exerce a comida na vida dessas pessoas?
Desde o início da civilização, a comida ocupa um lugar de extrema importância na vida dos indivíduos. Enquanto que para algumas pessoas o comer é somente uma fonte de preservação, para o obeso é muito mais do que isto, a comida é uma maneira dele obter prazer, o qual muitas vezes ele não consegue obter de outras formas.



Comer excessivamente também pode ser uma forma de lidar com seus medos e frustrações, ou seja, diante de uma situação adversa, o indivíduo recorre à comida, para não entrar em contato com as angústias.
O que se observa em alguns pacientes, é que vão muito mais além, ou seja, a comida é vista como a substituição de um afeto, ou a gratificação que eles tanto almejam.
Inseridos numa sociedade onde ser magro é sinônimo de saúde e beleza, em que todos se curvam em torno da ditadura da balança, na tentativa de se enquadrarem nos ideais de beleza, o obeso mórbido é tido pela mesma sociedade como uma pessoa sem força de vontade, que leva uma vida sedentária.
Quando dizemos que é através do corpo que o homem se relaciona com o mundo, o obeso não escaparia à regra. Contudo, percebe-se existir um desencontro entre o mundo real e o imaginário nesses pacientes.
Há total depreciação do próprio corpo, uma imagem corporal distorcida, uma vez que este corpo não corresponde ao seu ideal de ego, e da sociedade. E nem sempre estar diante do espelho para o obeso é vivenciado como um momento prazeroso, pois a seu ver, o obeso entra em contato com seu próprio “eu”, através da imagem refletida no espelho, onde o real e o imaginário se encontram.
Assim, diante da clara dificuldade dos pacientes obesos em lidar com a ansiedade depressiva e os sentimentos cotidianos de frustração, utilizam-se da comida como um recurso de busca de potência.
Dessa forma o indivíduo obeso, mesmo estando perfeitamente lúcido das consequências que a própria obesidade lhe pudesse causar quanto à sua saúde física e emocional, utiliza-se do comer para descarregar a sua agressividade, fortalecendo e reforçando sua obesidade.
Considerando-se todos os fatores relacionados anteriormente constatamos a importância do tratamento multidisciplinar da obesidade, onde a psicologia tem papel preponderante.

Fonte: http://www.neurolondrina.com.br
Postado por: Ana Cláudia Foelkel
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448

CIÚMES

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo.


É "a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade.". Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito analítico do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - o que faz criar tumulto. 
Esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também, marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranoia.
Nesse tipo de paranoia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro, coisas que limitam a liberdade deste.
Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da autoestima e da valorização da autoimagem. Porém várias teorias criticam a visão psicanalítica tradicional (ex:esquizoanálise).
Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.

Conjunto de emoções
-Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
-Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação;
-Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
-Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
-Comportamentos - questionamento constante, busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.

Ciúme e inveja
O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas, são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a autoestima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.
Outra diferença entre ambos reside no fato do ciúme, quando ultrapassa certo limite, se transforma em patologia, coisa que não acontece com a inveja.
Ciúme e inveja desviam o foco dos cuidados com a própria vida, tão preocupado se fica com a vida de outra pessoa. Por outro lado, se enfrentados, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a autoestima.

Ciúme patológico
O ciúme patológico é visto pela psiquiatria e psicologia como uma espécie de paranoia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração). Para o ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza se torna vaga e imprecisa, as dúvidas podem se transformar em ideias supervalorizadas ou delirantes.
Quem sente ciúme a esse nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do parceiro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o parceiro ou contrata alguém para fazê-lo. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida, até o intensifica.
A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. Nesse caso, o tratamento passa por aplicação de técnicas de psicoterapia para melhorar a confiança do paciente em si mesmo. O processo deve envolver sua família, pois o apoio no lar é imprescindível nesses casos. Reduzido o sentimento de insegurança, é esperado que, diminua a aflição do ciúme. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que parece lógico começar o tratamento pelo fortalecimento da autoconfiança.
Não menos importante é atacar os sintomas físicos que o ciúme patológico provoca. O desequilíbrio no sistema nervoso aumenta o nível de adrenalina, interfere na dinâmica dos neurotransmissores e está na origem de muitas doenças psicossomáticas. Por isso, é fundamental apurar as causas desses sintomas e gastar a energia negativa em atividades como os exercícios físicos, meditação e trabalho que traga gratificação.
Os ciúmes manifestam-se em todas as relações, com mais ou menos frequência, com mais ou menos intensidade – daí a importância de perceber quais tipos de ciúmes: inocente ou possessivo? Saudável ou doentio.

Ciúmes inocentes: uma pitada de ciúme nunca fez mal a ninguém, nem é o suficiente para colocar um ponto final em qualquer relação. É perfeitamente normal uma mulher sentir ciúmes ao ver o namorado a folhear uma revista com fotografias da sua atriz preferida e elogiar os seus muitos atributos; o mesmo se diz de um homem que não pode negar o ciúme que se manifesta quando a namorada sai para jantar só com as amigas num vestido de arrasar. Inocentes e inofensivos, este tipo de ciúme apenas demonstra o amor que se sente por outra pessoa. 
Ciúmes saudáveis: se um membro do sexo oposto aprecia abertamente o seu parceiro (a) à sua frente, é natural que sinta uma pontada de ciúmes, mas esse acaba por ser um sentimento simultaneamente ciumento e de orgulho porque, embora ele/ela seja alvo de atenção de outro homem ou mulher, é consigo que está. Curiosamente, este tipo de ciúmes tem a tendência de aproximar os casais.
Ciúmes românticos: muitas vezes o ciúme é uma resposta protetora, cognitiva, emocional e comportamental a qualquer fator externo que possa ameaçar um relacionamento a dois. No caso dos ciúmes românticos, essa ameaça é a existência de uma terceira pessoa (real ou imaginária) e a simples ideia de que possa existir uma atração entre ela e o seu parceiro (a), desencadeia um turbilhão de pensamentos, sentimentos e ações que são manifestadas em contexto de ciúme. 
Ciúmes sexuais: este tipo de ciúme tem na sua base o conhecimento ou a suspeição de que o seu parceiro (a) já teve, fantasiou ter ou deseja ter relações sexuais com uma terceira pessoa.
Ciúmes emocionais: neste caso, a pessoa ciumenta sente-se ameaçada pelo envolvimento ou ligação emocional e/ou amor do seu companheiro (a) por uma terceira pessoa, que tanto pode ser uma amiga ou um amigo, um familiar ou colega de trabalho.
Ciúmes obsessivos: quando ao sentimento de ciúme se junta a obsessão em saber todos os passos que o seu parceiro (a) dá sem si, os ciúmes numa relação atingem um nível mais perigoso e pouco saudável. A obsessão com a pessoa amada e o medo de perdê-la pode não só levar aos ciúmes possessivos e a um controle excessivo sobre essa pessoa, como pode conduzir a agressões verbais e físicas.
Não será errado afirmar que, no início de qualquer relação, tudo é um mar de rosas e só após algum tempo é que começam a surgir os espinhos. No caso dos ciúmes, estes até podem ser saudáveis e inofensivos, mas é preciso saber quando é que deixam de ser inocentes. Conheça os sinais de perigo.

Interrogatórios excessivos. A pessoa que têm muito ciúmes do seu companheiro (a) têm por hábito questioná-lo acerca de tudo o que se passou no seu dia ou numa saída com amigos. Os interrogatórios são longos e até aborrecidos porque a pessoa ciumenta quer saber tudo o que aconteceu – até o menor detalhe – durante o tempo em que não estiveram juntos.

Comentários sobre a forma como se veste. Este é um clássico, principalmente quando surge repentinamente e pode incluir desde comentário negativo sobre roupa que não lhe fica bem (mesmo que fique) a “proibições” claras sobre o que pode ou não vestir, sendo que muitas vezes a pessoa ciumenta admite que apenas possa vestir determinada roupa quando sai com ele/ela.

Escolta pessoal para todo o lado. Os ciúmes também se manifestam através da vontade e insistência contínua para acompanhar ou levar o companheiro (a) a todo e qualquer lugar, mesmo aos mais habituais ou desinteressantes. Há quem faça questão de ir buscar o seu parceiro (a) ao trabalho, simplesmente porque não quer que ele/ela vá tomar um café ou um chopp com os colegas de escritório no final do dia, por exemplo.
Dezenas de telefonemas diários. Se todos os dias, recebe dezenas de telefonemas ou SMS do (a) seu (sua) namorado (a) para perguntar onde está, o que faz, com quem, até que horas e por que… você está sendo controlado (a) por uma pessoa ciumenta. Não confunda preocupação com possessão.
Zanga-se se olha para alguém do sexo oposto. Por norma, quem tem ciúmes – seja homem ou mulher – sofre de baixa autoestima/autoconfiança e vive com receio de perder o seu (sua) parceiro (a), ou seja, o simples fato de olhar para alguém do sexo oposto (mesmo que seja inocentemente), é o suficiente para desencadear uma cena de ciúmes. Para, além disso, muitas vezes, a pessoa ciumenta acusa o (a) seu (sua) companheiro (a) de estar olhando para outro homem ou outra mulher, mesmo que não esteja.

Interferência na vida social. As relações amorosas são apenas uma parte da vida social de qualquer pessoa, que geralmente inclui ainda amigos, família e passatempos pessoais. As pessoas ciumentas tentam muitas vezes minar os planos do (a) seu (sua) companheiro (a) porque, para além de terem medo de estarem ou de ficarem sozinhos, não gostam da ideia do (a) seu (sua) parceiro (a) fazer planos e divertir-se sem ele/ela. É habitual fazerem planos mesmo sabendo que o (a) namorado (a) já tem algo combinado, mas obrigam a desmarcar os seus. Aos poucos, podem tentar afastar o (a) seu (sua) parceiro (a) de todas as outras pessoas que fazem parte da sua vida.

Discussões frequentes. Numa relação em que uma das partes é ciumenta, as discussões são frequentes e intensas, normalmente desencadeadas por “pequenos nadas” e alastrando para cenas de ciúmes desproporcionais. Estas discussões podem ainda ser marcadas por um tom dominante por parte da pessoa ciumenta, que pode mesmo ameaçar verbal ou fisicamente o (a) outro (a).

Vigilância constante. Quem é ciumento procura controlar cada passo dado pelo seu (sua) parceiro (a) – desde verificar as chamadas e SMS do celular, até ler os e-mails e abrir uma correspondência, passando por mexer na carteira, bolsos de casacos e até segui-lo. Pode estar controlando o (a) seu (sua) parceiro (a) aparecer frequentemente de “surpresa” no local onde costuma almoçar com os colegas de trabalho ou se cruzarem por “coincidência” no lugar onde combinou de tomar café com um (a) amigo (a).

Acusações de infidelidade. Mais do que ter ciúmes, as pessoas ciumentas têm necessidade de comunicá-los, ou seja, qualquer situação – trabalhar até tarde, um almoço de família ou uma má disposição – que obrigue os elementos do casal a estarem separados, serve para a pessoa ciumenta acusar o (a) outro (a) de ser infiel.  

Cenas de ciúmes. Uma relação marcada pelo ciúme é invariavelmente marcada por cenas de ciúmes e estas tanto podem ser em privado, como em público. Porém, se cada saída acaba por ser estragada por um ataque de ciúmes – independentemente de estarem rodeados de amigos, familiares ou estranhos – é porque alguém estava controlando alguém, em vez de desfrutar da sua companhia.

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448

quarta-feira, 13 de março de 2013

TAG - TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. É considerada normal a ansiedade que se manifesta nas horas que antecedem uma entrevista de emprego, a publicação dos aprovados num concurso, o nascimento de um filho, uma viagem a um país exótico, uma cirurgia delicada, ou um revés econômico. Nesses casos, a ansiedade funciona como um sinal que prepara a pessoa para enfrentar o desafio e, mesmo que ele não seja superado,  favorece sua adaptação às novas condições de vida.
O transtorno da ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono.
É importante registrar também que, nesses casos, o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes.
O transtorno da ansiedade generalizada pode afetar pessoas de todas as idades, desde o nascimento até a velhice. Em geral, as mulheres são um pouco mais vulneráveis do que os homens.

Sintomas
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Além dos já citados (inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular) existem outras queixas que podem estar associadas ao transtorno da ansiedade generalizada: palpitações, falta de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese excessiva, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares.

Diagnóstico
O diagnóstico do TAG leva em conta a história de vida do paciente, a avaliação clínica criteriosa e, quando necessário, a realização de alguns exames complementares.
Como os sintomas podem ser comuns a várias condições clinicas diferentes que exigem tratamento específico, é fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com TOC, síndrome do pânico ou fobia social, por exemplo.

Tratamento
O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica, e a terapia comportamental cognitiva. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por seis a doze meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes.

Recomendações
* Se você é visto como alguém de estopim curto, que anda sempre com os nervos à flor da pele e tem muita dificuldade para relaxar, provavelmente chegou a hora de procurar um médico para avaliar esse estado permanente de tensão e ansiedade; 
* Se você cobra muito de si mesmo, está sempre envolvido em inúmeras tarefas e pressionado pelos compromissos, tente pôr ordem não só na sua agenda, mas também na sua rotina de vida, sem esquecer de reservar um tempo para o lazer. Se não conseguir sozinho, não se envergonhe, peça ajuda

Fonte: http://drauziovarella.com.br

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448