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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bullying

É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. 


O bullying se divide em duas categorias:
a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos, e; 
b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Fonte: Brasil Escola

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ANSIEDADE X INSEGURANÇA


A insegurança gera ansiedade e vice-versa.
Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc.

Causas
Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha. Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas. Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais. Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum ato.

Consequências
Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas. Dependendo do grau ou da frequência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Portanto, nem sempre é patológica.
Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las. Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim, a pessoa passa a ter medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar.
A Ansiedade em níveis muito altos, ou quando apresentada com a timidez ou depressão, impede que a pessoa desenvolva seu potencial intelectual. O aprendizado é bloqueado e isso interfere não só no aprendizado da educação tradicional, mas na inteligência social. O indivíduo fica sem saber como se portar em ocasiões sociais ou no trabalho, o que pode levar a estagnação na carreira.

Manifestações
As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas. Muitos resultam de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autônomo, que controla o reflexo ataque-fuga. Outros são somatizações, ou seja, os doentes convertem a ansiedade em problemas físicos, incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular.
Cerca da metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito. Conforme a sintomatologia, a ansiedade pode ser classificada em vários transtornos, mas sempre quando há um grau patológico, definido como aquele que causa interferência nas atividades normais do indivíduo.

Sintomas
·         Insônia
·         Fadiga
·         Falta de ar ou sensação de sufoco
·         Picadas nas mãos e nos pés
·         Confusão
·         Instabilidade ou sensação de desmaio
·         Dores no peito e palpitações
·         Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos úmidas
·         Boca seca
·         Contrações ou tremores incontroláveis
·         Tensão muscular, dores
·         Necessidade urgente de defecar ou urinar
·         Dificuldade em engolir
·         Sensação de ter um "nó" na garganta
·         Dificuldades para relaxar
·         Dificuldades para dormir
·         Leve tontura ou vertigem
·         Vômitos incontroláveis
·         Sensação de impotência

Tratamento
O tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos, dentre os quais ansiolíticos e antidepressivos. O tratamento é iniciado com ansiolíticos como, por exemplo, os benzodiazepínicos. Logo após a estabilização do paciente, o médico pode prescrever um antidepressivo para o controle da ansiedade. Outra classe de medicamentos também utilizada são a dos beta-bloqueadores. É sempre importante que o paciente consulte um médico, pois esses medicamentos são normalmente controlados. 

Há algumas técnicas que auxiliam na prevenção e tratamento da ansiedade. Veja algumas dicas:
1) Aprenda a relaxar;
2) Procure respirar profundamente algumas vezes do dia;
3) Pratique esporte ou simplesmente uma caminhada;
4) Evite café, bebidas e produtos que contenham estimulantes (coca, cafeína, cigarro);
5) Tire dez minutos do seu dia para alongar-se e meditar; 6) observe seus pensamentos e direcione-os para que sejam agradáveis.

A Insegurança é um sentimento de mal-estar geral ou nervosismo que pode ser desencadeado pela percepção de si mesmo, ser vulnerável de alguma forma, ou um senso de vulnerabilidade ou instabilidade que ameaça a própria autoimagem ou ego.
Uma pessoa que é insegura não tem confiança em seu próprio valor e em uma ou mais de suas capacidades, não tem confiança em si mesma ou em outros, ou teme que um estado positivo presente seja temporário e irá decepcioná-la e causar-lhe perdas ou sofrimento por "dar errado" no futuro. Este é um traço comum, o qual difere apenas em grau entre as pessoas.
Isto não pode ser confundido com humildade, a qual envolve reconhecer as próprias limitações mas ainda mantendo uma dose saudável de autoestima. Insegurança não é uma avaliação objetiva de sua própria habilidade, mas uma interpretação emocional, já que duas pessoas com as mesmas capacidades podem ter níveis totalmente diferentes de insegurança.
Insegurança pode ajudar a causar timidez, paranóia e retraimento social, ou alternativamente pode encorajar comportamentos compensatórios tais como arrogância, agressão ou bullying em alguns casos.
O fato de que a maioria dos seres humanos são emocionalmente vulneráveis e tem a capacidade de se machucar implica que a insegurança emocional poderia ser meramente uma diferença de consciência.
A insegurança tem muitos efeitos na vida de uma pessoa. Existem muitos níveis. Quase sempre causa algum grau de isolamento como uma típica pessoa insegura se retira do meio até certo ponto. Quanto maior a insegurança maior o grau de isolamento. A insegurança está geralmente enraizada nos anos da infância da pessoa. Como ofensa e amargura, ela cresce em camadas, se tornando muitas vezes uma força imobilizadora que define um fator limitante na sua vida. A insegurança rouba por graus; o grau ao qual está entrincheirado iguala o grau de poder que ela tem na vida da pessoa.
Como a insegurança pode ser angustiante e parecer ameaçadora à psiquê, ela geralmente pode ser acompanhada por um tipo de excesso de controle, personalidade controladora ou esquiva, como mecanismos psicológicos de defesa.
A insegurança pode ser superada. Exige tempo, paciência e uma compreensão gradual de que o seu próprio valor é puramente uma questão de perspectiva (ou opinião subjetiva de si mesmo) e, enquanto pode ser verdadeiro que a insegurança pode surgir de preocupações relacionadas à realidade objetiva, isto não é de forma alguma uma necessidade, mas mais uma tendência. O primeiro dos estágios da Teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson detalha o desafio de encontrar segurança e aprender a confiar em si mesmo e em seu ambiente.

Postado por: Ana Cláudia Foelkel
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448

quinta-feira, 14 de março de 2013

CIÚMES

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo.


É "a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade.". Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito analítico do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - o que faz criar tumulto. 
Esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também, marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranoia.
Nesse tipo de paranoia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro, coisas que limitam a liberdade deste.
Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da autoestima e da valorização da autoimagem. Porém várias teorias criticam a visão psicanalítica tradicional (ex:esquizoanálise).
Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.

Conjunto de emoções
-Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
-Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação;
-Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
-Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
-Comportamentos - questionamento constante, busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.

Ciúme e inveja
O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas, são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a autoestima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.
Outra diferença entre ambos reside no fato do ciúme, quando ultrapassa certo limite, se transforma em patologia, coisa que não acontece com a inveja.
Ciúme e inveja desviam o foco dos cuidados com a própria vida, tão preocupado se fica com a vida de outra pessoa. Por outro lado, se enfrentados, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a autoestima.

Ciúme patológico
O ciúme patológico é visto pela psiquiatria e psicologia como uma espécie de paranoia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração). Para o ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza se torna vaga e imprecisa, as dúvidas podem se transformar em ideias supervalorizadas ou delirantes.
Quem sente ciúme a esse nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do parceiro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o parceiro ou contrata alguém para fazê-lo. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida, até o intensifica.
A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. Nesse caso, o tratamento passa por aplicação de técnicas de psicoterapia para melhorar a confiança do paciente em si mesmo. O processo deve envolver sua família, pois o apoio no lar é imprescindível nesses casos. Reduzido o sentimento de insegurança, é esperado que, diminua a aflição do ciúme. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que parece lógico começar o tratamento pelo fortalecimento da autoconfiança.
Não menos importante é atacar os sintomas físicos que o ciúme patológico provoca. O desequilíbrio no sistema nervoso aumenta o nível de adrenalina, interfere na dinâmica dos neurotransmissores e está na origem de muitas doenças psicossomáticas. Por isso, é fundamental apurar as causas desses sintomas e gastar a energia negativa em atividades como os exercícios físicos, meditação e trabalho que traga gratificação.
Os ciúmes manifestam-se em todas as relações, com mais ou menos frequência, com mais ou menos intensidade – daí a importância de perceber quais tipos de ciúmes: inocente ou possessivo? Saudável ou doentio.

Ciúmes inocentes: uma pitada de ciúme nunca fez mal a ninguém, nem é o suficiente para colocar um ponto final em qualquer relação. É perfeitamente normal uma mulher sentir ciúmes ao ver o namorado a folhear uma revista com fotografias da sua atriz preferida e elogiar os seus muitos atributos; o mesmo se diz de um homem que não pode negar o ciúme que se manifesta quando a namorada sai para jantar só com as amigas num vestido de arrasar. Inocentes e inofensivos, este tipo de ciúme apenas demonstra o amor que se sente por outra pessoa. 
Ciúmes saudáveis: se um membro do sexo oposto aprecia abertamente o seu parceiro (a) à sua frente, é natural que sinta uma pontada de ciúmes, mas esse acaba por ser um sentimento simultaneamente ciumento e de orgulho porque, embora ele/ela seja alvo de atenção de outro homem ou mulher, é consigo que está. Curiosamente, este tipo de ciúmes tem a tendência de aproximar os casais.
Ciúmes românticos: muitas vezes o ciúme é uma resposta protetora, cognitiva, emocional e comportamental a qualquer fator externo que possa ameaçar um relacionamento a dois. No caso dos ciúmes românticos, essa ameaça é a existência de uma terceira pessoa (real ou imaginária) e a simples ideia de que possa existir uma atração entre ela e o seu parceiro (a), desencadeia um turbilhão de pensamentos, sentimentos e ações que são manifestadas em contexto de ciúme. 
Ciúmes sexuais: este tipo de ciúme tem na sua base o conhecimento ou a suspeição de que o seu parceiro (a) já teve, fantasiou ter ou deseja ter relações sexuais com uma terceira pessoa.
Ciúmes emocionais: neste caso, a pessoa ciumenta sente-se ameaçada pelo envolvimento ou ligação emocional e/ou amor do seu companheiro (a) por uma terceira pessoa, que tanto pode ser uma amiga ou um amigo, um familiar ou colega de trabalho.
Ciúmes obsessivos: quando ao sentimento de ciúme se junta a obsessão em saber todos os passos que o seu parceiro (a) dá sem si, os ciúmes numa relação atingem um nível mais perigoso e pouco saudável. A obsessão com a pessoa amada e o medo de perdê-la pode não só levar aos ciúmes possessivos e a um controle excessivo sobre essa pessoa, como pode conduzir a agressões verbais e físicas.
Não será errado afirmar que, no início de qualquer relação, tudo é um mar de rosas e só após algum tempo é que começam a surgir os espinhos. No caso dos ciúmes, estes até podem ser saudáveis e inofensivos, mas é preciso saber quando é que deixam de ser inocentes. Conheça os sinais de perigo.

Interrogatórios excessivos. A pessoa que têm muito ciúmes do seu companheiro (a) têm por hábito questioná-lo acerca de tudo o que se passou no seu dia ou numa saída com amigos. Os interrogatórios são longos e até aborrecidos porque a pessoa ciumenta quer saber tudo o que aconteceu – até o menor detalhe – durante o tempo em que não estiveram juntos.

Comentários sobre a forma como se veste. Este é um clássico, principalmente quando surge repentinamente e pode incluir desde comentário negativo sobre roupa que não lhe fica bem (mesmo que fique) a “proibições” claras sobre o que pode ou não vestir, sendo que muitas vezes a pessoa ciumenta admite que apenas possa vestir determinada roupa quando sai com ele/ela.

Escolta pessoal para todo o lado. Os ciúmes também se manifestam através da vontade e insistência contínua para acompanhar ou levar o companheiro (a) a todo e qualquer lugar, mesmo aos mais habituais ou desinteressantes. Há quem faça questão de ir buscar o seu parceiro (a) ao trabalho, simplesmente porque não quer que ele/ela vá tomar um café ou um chopp com os colegas de escritório no final do dia, por exemplo.
Dezenas de telefonemas diários. Se todos os dias, recebe dezenas de telefonemas ou SMS do (a) seu (sua) namorado (a) para perguntar onde está, o que faz, com quem, até que horas e por que… você está sendo controlado (a) por uma pessoa ciumenta. Não confunda preocupação com possessão.
Zanga-se se olha para alguém do sexo oposto. Por norma, quem tem ciúmes – seja homem ou mulher – sofre de baixa autoestima/autoconfiança e vive com receio de perder o seu (sua) parceiro (a), ou seja, o simples fato de olhar para alguém do sexo oposto (mesmo que seja inocentemente), é o suficiente para desencadear uma cena de ciúmes. Para, além disso, muitas vezes, a pessoa ciumenta acusa o (a) seu (sua) companheiro (a) de estar olhando para outro homem ou outra mulher, mesmo que não esteja.

Interferência na vida social. As relações amorosas são apenas uma parte da vida social de qualquer pessoa, que geralmente inclui ainda amigos, família e passatempos pessoais. As pessoas ciumentas tentam muitas vezes minar os planos do (a) seu (sua) companheiro (a) porque, para além de terem medo de estarem ou de ficarem sozinhos, não gostam da ideia do (a) seu (sua) parceiro (a) fazer planos e divertir-se sem ele/ela. É habitual fazerem planos mesmo sabendo que o (a) namorado (a) já tem algo combinado, mas obrigam a desmarcar os seus. Aos poucos, podem tentar afastar o (a) seu (sua) parceiro (a) de todas as outras pessoas que fazem parte da sua vida.

Discussões frequentes. Numa relação em que uma das partes é ciumenta, as discussões são frequentes e intensas, normalmente desencadeadas por “pequenos nadas” e alastrando para cenas de ciúmes desproporcionais. Estas discussões podem ainda ser marcadas por um tom dominante por parte da pessoa ciumenta, que pode mesmo ameaçar verbal ou fisicamente o (a) outro (a).

Vigilância constante. Quem é ciumento procura controlar cada passo dado pelo seu (sua) parceiro (a) – desde verificar as chamadas e SMS do celular, até ler os e-mails e abrir uma correspondência, passando por mexer na carteira, bolsos de casacos e até segui-lo. Pode estar controlando o (a) seu (sua) parceiro (a) aparecer frequentemente de “surpresa” no local onde costuma almoçar com os colegas de trabalho ou se cruzarem por “coincidência” no lugar onde combinou de tomar café com um (a) amigo (a).

Acusações de infidelidade. Mais do que ter ciúmes, as pessoas ciumentas têm necessidade de comunicá-los, ou seja, qualquer situação – trabalhar até tarde, um almoço de família ou uma má disposição – que obrigue os elementos do casal a estarem separados, serve para a pessoa ciumenta acusar o (a) outro (a) de ser infiel.  

Cenas de ciúmes. Uma relação marcada pelo ciúme é invariavelmente marcada por cenas de ciúmes e estas tanto podem ser em privado, como em público. Porém, se cada saída acaba por ser estragada por um ataque de ciúmes – independentemente de estarem rodeados de amigos, familiares ou estranhos – é porque alguém estava controlando alguém, em vez de desfrutar da sua companhia.

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448