O termo workaholic é uma expressão americana, originou-se
da palavra alcoholic (alcoólatra). A nomenclatura define a
pessoa que é viciada em trabalho. As pessoas viciadas em trabalho sempre
existiram, no entanto, nesta última década esse número aumentou
significativamente e se tornou um fenômeno mundial. Atualmente formam um grupo em
crescimento, os profissionais que trabalham em demasia.
Não relaxam e se preocupam com as
atividades organizacionais constantemente, a maior dificuldade é a falta de
clareza entre o limite da realização e o caminho da autodestruição.
Fazem de seus empregos o sentido de
suas vidas, centralizam toda energia no trabalho, sacrificando assim o lazer e
as relações pessoais. Tendem a serem pessoas com problemas de autoestima.
Devido ao medo de fracassar não aceitam errar e por isso querem deixar as
coisas tão perfeitas. Também apresentam dificuldade para delegar tarefas aos
outros por não confiar que os resultados serão atingidos.
Esse medo faz com que se condicionem
e continuem sendo cada vez mais "focados", sempre dando o melhor de
si na busca por resultados cada vez melhores e/ou mais rápidos.
Alguns dos fatores que estão ligados
ao não se permitirem parar de trabalhar são: o aumento da concorrência,
consequentemente da alta competitividade e da pressão profissional, necessidade
de sobrevivência, assim como ganância, vaidade, busca de poder e status,
obsessão pelo dinheiro ou, ainda, necessidade pessoal de provar algo a alguém
ou a si mesmo, e dificuldade para lidar com problemas íntimos ou familiares.
Passar 12 horas ou mais por dia no trabalho pode significar não quererem voltar para casa para não terem que entrar em contato com questões difíceis. Se manter alienados pode ser uma fuga para não enfrentarem a vida.
Passar 12 horas ou mais por dia no trabalho pode significar não quererem voltar para casa para não terem que entrar em contato com questões difíceis. Se manter alienados pode ser uma fuga para não enfrentarem a vida.
Apresentam como principais
características estarem sempre ofegantes, falarem rápido, fazerem várias coisas
ao mesmo tempo, terem os prazos apertados e a sensação que o tempo é o maior
inimigo.
A atuação frenética provoca estresse
neles próprios e em todos ao seu redor. A compulsão os faz criar uma realidade
cruel em torno de si, tendo como maiores consequências a deterioração da
qualidade de vida e o convívio social com aqueles que o cercam.
Os indivíduos nestas condições não
conseguem se desligar do trabalho, mesmo fora dele, despertam no meio da
madrugada com a sensação de que esqueceram algo importante, chegam a ligar o
computador, abrir agendas e acionar funcionários no meio da noite.
Para identificá-los é importante
observar o afastamento de parentes e amigos, se conversam apenas sobre deveres
empresariais, se com frequência levam tarefas para casa, se realizam reuniões
durante o almoço, se não desgrudam do notebook ou do celular mesmo no final de
semana ou no período de férias. Para eles, tudo que não estiver ligado ao
trabalho é perda de tempo.
Devido o excesso de atenção ao
trabalho deixam de lado pessoas importantes e acumulam problemas familiares
como divórcios ou filhos seguindo caminhos controversos. Seus amigos tornam-se
apenas os que têm ligação com seu trabalho.
As pressões do dia a dia e a autocobrança exagerada fazem com que diversos
danos sejam causados à saúde destes trabalhadores compulsivos. Os principais
sintomas apresentados são: estresse, isolamento, hipertensão, calvície,
infarto, depressão, fadiga, insônia, gastrite, ansiedade excessiva, impotência
sexual, surtos de mau-humor, atitudes agressivas em situações de pressão, entre
outros.
Apesar de tanta
"dedicação" estão perdendo espaço, uma vez que as empresas estão cada
vez mais preocupadas com a saúde dos seus colaboradores, em ajudá-los a
equilibrarem o lado profissional e o pessoal para obterem melhores resultados.
Foi-se a época em que os adeptos compulsivos ao trabalho, eram valorizados pelo
mercado.
Para as empresas os workaholics até podem trazer benefícios em curto
prazo, mas em longo prazo apresentam um lado negativo, entre eles afastamento
por doença, a impressão de incompetência por sempre excederem a carga horária e
por gerar altos custos com tantas horas extras.
Outros desabonos se destacam pela
redução da criatividade, produtividade e capacidade de trabalharem em equipe, devido
à ausência da combinação entre o cumprimento das tarefas e o relaxamento.
A fórmula ideal para reduzirem o
estresse e aumentarem a performance no trabalho é saber dividirem o tempo de
maneira equilibrada entre as tarefas profissionais, pessoais e de lazer.
É importante reconhecer que precisam
de ajuda profissional, para descobrirem o mundo fora do escritório, criarem
novos hábitos e vivenciarem momentos de descanso e descontração sem sofrimento.
O primeiro passo será identificar o
motivo que os levam a trabalhar tanto, na sequência redescobrirem como há
coisas interessantes fora do ambiente organizacional, retomarem o hobby
predileto, iniciarem atividades físicas, reconquistarem as pessoas das quais se
afastaram, aprenderem a delegar e estabelecer prioridades, incluindo as que não
englobam a rotina de trabalho e principalmente acreditar que é possível
conciliar vida pessoal e profissional, obtendo sucesso em ambas.
Postado por: Ana Cláudia Foelkel
CRP: 06/86466
Psicóloga Clínica e Organizacional
Consultoria R&S e T&D
Jundiaí e Região
(11) 97273-3448
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