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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Educar sem bater é possível. "O fim da palmada".

Um projeto de lei do governo federal que prevê punição para quem aplicar castigos corporais em crianças e adolescentes está tramitando no Congresso Nacional. Sua aprovação, que é bastante provável, marcaria o fim da era das palmadas e dos beliscões, tão conhecidos pelos adultos de hoje. A discussão, que gera muita polêmica, é tratada pela com naturalidade pela educadora Cris Poli, do programa “Supernanny”, do SBT. 

A educadora defende, que para educar não é preciso bater. “Métodos de disciplina é que ensinam o que é certo e errado. Palmadas e puxões de orelha são usados apenas pelos pais que não conseguem se impor e perdem a paciência com os filhos”, fala. “Eu sequer vejo necessidade de uma lei para proibir isso. O que precisamos é de uma campanha de conscientização disciplinar”, acrescenta a educadora. Defende o castigo como uma boa forma de punição para os filhos que descumprem as regras da casa. O castigo tem que ser algo que tanto a criança quanto o adulto consigam cumprir. Não pode ser uma atitude drástica. “Não adianta o pai ameaçar e não dar conta do recado. Se a criança só fica tranquila com o videogame, e o pai tira isso completamente dela, não vai funcionar. Não defendo castigos assustadores, pois isso gera medo”.
Os pais devem refletir sobre os castigos que impõem e admitir quando estão sendo severos demais na hora de aplicá-los. “Admitir um erro não implica em perder autoridade, ao contrário, é algo que pode fortalecer os pais porque a criança vê ali um ser racional, que reflete sobre suas ações”.
Existem duas definições de castigo: a punição física e a que se refere ao estabelecimento de limites com o “cantinho da disciplina”.
Para os especialistas, o castigo físico não é o melhor método para educar ou transmitir valores e regras de comportamento aos filhos. “Não deve haver castigo e, sim, disciplina. Parecem a mesma coisa, mas são opostos. O castigo machuca, física e emocionalmente”, afirma Cris Poli.
Para disciplinar os filhos, é preciso estabelecer regras, corrigir o que está errado e ensinar a conduta adequada, com tranquilidade e segurança. Deve-se mostrar à criança as consequências dos atos dela, em vez de criar uma punição que nem sempre será associada, pela criança, ao erro. Por exemplo, se ficou combinado que o período da tarde seria dedicado aos estudos e o filho estiver brincando com um amigo neste horário, é preciso adverti-lo, dizer que ele não agiu certo e que precisa cumprir com as obrigações. No final de semana, em vez de tempo livre, ele terá de estudar.
Se, ainda assim, a criança continuar a quebrar as regras, vale adotar o “cantinho da disciplina”. Em um lugar mais isolado da casa, ela deve permanecer refletindo sobre sua atitude inadequada por um tempo – a conta é marcar um minuto por ano de idade. É importante que a criança permaneça no cantinho durante todo o período estabelecido, mesmo se estiver gritando ou chorando.
Ao aplicar a disciplina não perca a calma, não se irrite, não grite ou ameace. Lembre-se que a missão dos pais não é castigar, mas ensinar. O filho é, antes de tudo, um aprendiz.
Fonte: ig.com.br
Postado por: Ana Claudia Foelkel Simões – Psicóloga
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bullying

É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder. 


O bullying se divide em duas categorias:
a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos, e; 
b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Fonte: Brasil Escola

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões

sexta-feira, 28 de junho de 2013

ORIENTAÇÃO AOS PAIS

Meu filho está com dificuldades, o que posso fazer pra ajudar?

Esta é a pergunta mais comum entre pais de crianças que apresentam dificuldades na escola. A primeira coisa a se pensar é que não existe um manual de instruções para a criança. O que é importante saber é que o jeito da criança agir com determinadas coisas é aprendido em suas interações; e, portanto, é possível criar um ambiente que estimule seus estudos e desenvolvimento pessoal.


Aqui vão algumas dicas de Zoega et. all. (2004) sobre como fazê-lo:

1º Está claro, para seu filho, quais são seus direitos e deveres? É importante que exista clareza sobre o que são os direitos e deveres de seu filho. Seus direitos são conquistados à medida que cumpre seus deveres, e devem ser respeitados pelos pais.

2º O seu filho possui uma rotina de estudos organizada? É importante que os horários da criança sejam bem organizados e que sua rotina de estudos seja respeitada. Cada tipo de atividade deve ter um horário, e a criança rende mais se estudar antes de se cansar com outras atividades.

3º Existe clareza sobre quais são os limites da criança? É importante que ela aprenda que regras são para serem seguidas, e que o não seguimento, tem como consequência a perda de alguns direitos (como assistir TV, por exemplo). À medida que a criança cresce é importante que ela possa participar do estabelecimento destas regras, o que contribui para desenvolvimento de sua responsabilidade.

4º Você acompanha seu filho em suas atividades? É importante que os pais acompanhem os filhos em suas tarefas, mas sem criar um clima de pressão ou cobrança, mas de incentivo e valorização pelo que ele faz. Se for ajudar, é importante que não fale por ele, mas apenas ajude.

5º Você dá autonomia a seu filho sem deixar de cuidar dele? O incentivo à independência é importante para que a criança torne-se uma pessoa responsável mais tarde. Essa independência deve ser fornecida aos poucos, dosando proteção e autonomia.
6º Você o ajuda a ter um contexto adequado aos estudos? Com mesa e cadeira confortável, poucos movimentos ou barulhos que possam tirar sua atenção, sem fome, sede calor ou frio.

7º Você estabelece interações positivas com seu filho? Embora castigar faça com que, naquele momento, a criança deixe de comportar-se inadequadamente, isto não a ensina a conduta correta. E longe do risco do castigo, se o contexto favorecer, ela voltará a comportar-se inadequadamente. É mais proveitoso que os pais valorizem como puderem o que ela faz de adequado, por mais que esteja apenas cumprindo seu dever. Esse comportamento valorizado tenderá a ocorrer mais vezes.

8º Você demonstra afeto pelo seu filho? Muitos pais não o fazem por não terem tempo, ou tentam suprir com presentes ou coisas do tipo. Se os pais são sempre afetuosos com os filhos é bem mais fácil fazê-los seguir regras com boa vontade. Eles farão o que o pai quer por gostar dele, e não por temê-lo.

9º E você, cumpre com seus deveres? A criança aprende muito mais vendo do que ouvindo. Se o pai cobra dela que ela cumpra regras, compromissos e deveres, mas ele próprio não cumpre dificilmente a criança o fará.

10º Você conversa com seu filho? Apenas interroga, ou simplesmente não conversa? É importante que os pais mostrem-se dispostos a ouvir e ENTENDER o filho. Isto ajuda a encontrar a solução para a maioria dos problemas. Um interrogatório, no entanto, onde apenas o pai pergunta e o filho responde, piora a situação. Dar sermões também diminui as chances de que a criança fale. Coloque-se no lugar da criança.

11º Ajude-a a pensar no que aprende. Ou pelo menos ajudar a criança a encontrar aplicabilidade naquilo que aprende. Conversar com ela sobre o que ela estuda pode ser interessante.

12º Incentive o brincar. Uma criança que brinca tem melhor qualidade de vida, menos estresse e, consequentemente, melhor rendimento.

13º Você se interessa pela vida de seu filho? É importante que seja demonstrado interesse pela vida do filho como um todo, e não apenas pelos resultados que ele apresenta na escola. Isso faz com que a criança sinta-se mais valorizada e, por consequência, se esforce mais.




Já parou pra pensar sobre como é que o seu filho aprende?
Muita gente com certeza diria que não.

A aprendizagem é um processo que, pode-se dizer, inicia-se de fora pra dentro. A criança nasce com um conjunto de características físicas e comportamentais que são comuns a todos os outros seres humanos, e é a partir destas características que ela inicia a sua interação com o mundo.
A criança, a princípio, possui apenas movimentos aleatórios. À medida que ela vai experimentando o meio que a cerca, estes movimentos vão gerando certas consequências que, ao se associarem ao contexto no qual ocorrem, passam a controlar as suas ações. Por exemplo: um bebê recém-nascido move aleatoriamente o braço. Um belo dia descobre que movendo em certa direção, terá como consequência bater no móbile e fazer um som. Ela aprende então que, na presença do móbile, aquele movimento tem como consequência o “som”, aprendendo, deste modo, a extrair o som do móbile. Se não houvesse a consequência (som), ela não aprenderia a bater no móbile.

A mesma coisa acontece com a maioria dos outros comportamentos da criança. O estudar, por exemplo, o que tem como consequência? O reconhecimento dos pais? Mais horas, para se divertir a tarde? O direito de jogar vídeo-game? Sim, para que a criança aprenda a estudar, este comportamento precisa ter consequências agradáveis para ela. Esta consequência tem, necessariamente, que ser algo do interesse da criança; ou seja, algo que ela goste.

Um detalhe importante é que estas consequências devem ser imediatas; isto é, quanto menor o intervalo de tempo entre o momento em que a criança comportou-se adequadamente e o momento em que a consequência foi apresentada, maiores são as chances daquele comportamento, ser aprendido.

Parece artificial? Sim, mas até que a criança de fato tenha aprendido a estudar, dificilmente este comportamento irá gerar consequências naturais que exerçam controle sobre ele. Com o tempo, o próprio estudar tornar-se-á prazeroso para ela, mas até então, é necessário que os pais contribuam deste modo.

Encarar o “estudar” como nada mais do que uma obrigação da criança é um erro. Embora os pais pensem assim, é bobagem querer impor isto ao filho. Pelo contrário, se os pais associarem o “estudar” com broncas, imposição, brigas ou coisas do gênero, estarão apenas contribuindo para que a criança goste cada vez menos de estudar.

Se a aprendizagem da criança ocorre assim, de acordo com as consequências que seu comportamento gera no ambiente, culpar por não aprender, é, então, apenas fugir da própria responsabilidade. Como dito antes, é certo que nenhuma criança nasce com manual de instruções, mas é possível aprender a lidar com ela e programar condições para que ela desenvolva o gosto e o hábito de estudar.



Por: E.C. de Almeida Neto

Postado por Ana Cláudia Foelkel Simões