A criança começa seu processo de aprendizado, primeiramente pela observação e depois pela imitação dessa observação. Por isso mesmo, tarefas como: escovar os dentes, pentear o cabelo, calçar uma meia, jogar lixo na lixeira, etc; são feitas através dessa observação.
A identificação sexual, também, começa por
essa observação no período dos 6, 7 anos. Ela começa a se espelhar na pessoa do
mesmo sexo onde se identifica ao longo dessa observação. As meninas observam a
mãe e passam a copiar todo o jeito de andar, uso de acessórios, etc.; e os
meninos observam ou deveriam observar mais os pais.
No entanto, os
meninos se encontram imersos num universo predominantemente feminino; desde o
nascimento com a mãe, que obviamente é fundamental para ele, mas são incluídas
aí ao longo dos primeiros anos, as avós, tias, babás, empregadas e depois
professoras.
Há ainda o quadro do “pai ausente” que
surge não somente pelo divórcio, mas, também, pelo trabalho pesado que afasta
esse pai do convívio familiar, cuja ausência fundamental deixa esse menino cada
vez mais mergulhado no mundo feminino.
O único espelho possível passa a ser essa
mãe que jamais poderá substituir a figura masculina.
Muitos pais imaginam que a tarefa de
passar horas com o filho indo ao cinema, por exemplo, seria o ideal. Engano. Poucas
coisas são necessárias para que isso aconteça. O pai pode levá-lo junto para
comprar jornal, colocar gasolina no carro, trocar uma lâmpada, fazer a barba
(coisa que ele fará em alguns anos), pedir ajuda desse filho na hora de
consertar algo em casa (segurar algo para ele), etc.. Pequenas tarefas são
igualmente observadas, pois esse pai caminha diferente, fala e gesticula de
forma diversa, escolhe e comenta diferente dessa mãe que está sempre à frente
dele. Nessa identificação o menino vai percebendo que seu mundo é mais
semelhante àquele do pai e não se sente tão desconfortável assim no seu papel
masculino.
É triste perceber que mães levam esses
meninos para que eles mergulhem nesse mundo feminino e nem sequer percebem que
a observação é uma ferramenta importante nesse processo de identificação.
Na ausência da figura paterna, é
igualmente importante haver um substituto, como a presença de um avô, tio,
irmão mais velho ou até pai de algum coleguinha da escola onde esse menino
possa passar algumas horas com essa família e perceber e aprender um pouco mais
do universo masculino.
Postado
por: Ana Cláudia Foelkel
CRP:
06/86466
Psicóloga
Clínica e Organizacional
Consultoria
R&S e T&D
Jundiaí e Região
Jundiaí e Região
(11)
97273-3448
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