quinta-feira, 7 de março de 2013

TDAH (DDA) - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


O TDAH é um transtorno de "base orgânica", associado a uma disfunção em áreas do córtex cerebral, conhecida como Lobo Pré-Frontal. Quando seu funcionamento está comprometido, ocorrem dificuldades com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade, originando os sintomas do TDAH - déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Normalmente, em atividades como estudo, leitura ou outras que exijam concentração, o cérebro aumenta os níveis de ativação, justamente para dar conta das exigências. Nos casos típicos de TDAH, a característica psicofisiológica mais comum é a hipofunção / hipoativação do córtex pré-frontal, na qual uma quantidade significativa de neurônios pulsam mais devagar que o esperado, especialmente quando as circunstâncias exigem maior esforço mental e, portanto, maior ativação.

As causas do TDAH são exclusivamente orgânicas?

A forma como o cérebro funciona é uma parte importante do problema de quem tem TDAH. Porém, uma pessoa é mais que seu cérebro. E até mesmo o cérebro pode ser mudado.
A busca pelo alívio dos sintomas do TDAH deve passar tanto pela base orgânica - com tratamentos específicos, usando medicação ou neurofeedback – quanto, pelos aspectos comportamentais. Não basta ter um cérebro diferente - é preciso também agir de maneiras novas.
"O histórico familiar para o desenvolvimento desse problema é bastante significativo", destaca a psicóloga Cacilda Amorim, diretora do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA). "Há uma linha de hereditariedade bem estudada e documentada. Paralelamente, estilos de vida familiares funcionam como fatores de proteção ou agravamento”.

Existe Déficit de Atenção sem Hiperatividade?

Quando aparece sem a hiperatividade, normalmente há uma lentidão mais intensa, que é interpretada como “viver no mundo da lua”. Normalmente, quando alguém é mais lento, costuma-se interpretar esta característica como tendência a distração. Mas não é a mesma coisa.
Pode também haver HIPERFOCO, simultaneamente à falta de concentração.

Déficit de Atenção impede mesmo a concentração?

O TDAH é uma alteração na capacidade de controle voluntário da atenção. Tanto alguém com déficit de atenção quanto uma pessoa comum podem sim prestar atenção. A diferença é que a pessoa comum pode, voluntariamente, controlar o foco da atenção. Ou seja, não é facilmente perturbada por distrações; caso perca o foco, consegue retornar; consegue sustentar o esforço mesmo em situações pouco estimulantes. No caso do TDAH, a sustentação do foco está diretamente relacionada a características externas ou do próprio estímulo. Por isto, é tão fácil para um TDAH manter o foco no videogame ou em alguma outra coisa que “seja de seu interesse”.

Tipos de TDAH - Como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ocorre

Alguns especialistas consideram que há um número maior de tipos de TDAH, entre eles tipos predominantemente ansiosos, depressivos ou com traços obsessivo-compulsivos, que exigiriam tratamentos diferenciados, como o Dr. Daniel Amen.
Há também dados que mostram a presença de dois tipos distintos de alterações no funcionamento cerebral relacionadas ao TDAH. Um destes tipos é o mais comum e mais conhecido, no qual ocorre hipofunção das áreas frontais. O outro tipo, mais comum em adultos, caracteriza-se pela hiperativação da linha média e das áreas pré-frontais direitas, causando dificuldades de atenção por hiperatividade mental e excesso de preocupações e pensamentos negativos.
Para que os sintomas possam ser indicativos de TDAH, devem estar presentes há pelo menos seis meses, estarem presentes desde a infância e não serem melhor explicados por outro transtorno ou problema.
Lembre-se que um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Na suspeita do transtorno, procure um especialista para uma avaliação e diagnóstico mais detalhado.

TDAH Tipo Desatento - Sintomas e características

·        Desvia facilmente a atenção do que está fazendo e comete erros por prestar pouca atenção a detalhes. Muitas vezes distrai-se com seus próprios devaneios ou então um simples estímulo externo tira a pessoa do que está fazendo.
·        Dificuldade de concentração em palestras, aulas, leitura de livros... (dificilmente termina um livro, a não ser que o interesse muito).
·        Às vezes parece não ouvir quando o chamam (muitas vezes é interpretado como egoísta, desinteressado...)
·        Durante uma conversa pode distrair-se e prestar atenção em outras coisas, principalmente quando está em grupos. Às vezes capta apenas partes do assunto ou enquanto "ouve" já está pensando em outra coisa e interrompe a fala do outro.
·        Relutância em iniciar tarefas que exijam longo esforço mental.
·        Dificuldade em seguir instruções, em iniciar, completar e só então, mudar de tarefa (muitas vezes é visto como irresponsável).
·        Dificuldade em organizar-se com objetos (mesa, gavetas, arquivos, papéis...) e com o planejamento do tempo (costuma achar que é 10 e que o dia tem 48h).
·        Problemas de memória a curto prazo: perde ou esquece objetos, nomes, prazos, datas... Durante uma fala, pode ocorrer um "branco" e a pessoa esquecer o que ia dizer.
Lembre-se que um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Na suspeita do transtorno, procure um especialista para uma avaliação e diagnóstico mais detalhado.

TDAH Tipo Hiperativo-Impulsivo - Sintomas e características

   Inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo. Costuma ser o "dono" do controle remoto.
·        Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio.
·        Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Muitas vezes é visto como imaturo, insaciável.
·        Pode falar, comer, comprar,... compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics.
·        Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo…
·        Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas.
·        Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes, sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.
·        Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
·        Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para "ontem".
·        Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.
·        Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.
·        A comunicação costuma ser compulsiva, sem filtro para inibir respostas inadequadas, o que pode provocar situações constrangedoras e/ou ofensivas: fala ou faz e depois pensa.
·        Tem um temperamento explosivo: não suporta críticas, provocações e/ou rejeição. Rompe com certa facilidade relacionamentos de trabalho, sociais e/ou afetivos.
·        Pode mudar inesperadamente de planos, metas…
·        Sexualidade instável: pode alternar períodos de grande impulsividade sexual com outros de baixo desejo.
·        Hipersensibilidade: pode melindrar-se facilmente, tendo uma tendência ao desespero, como se seu mundo fosse desmoronar-se a qualquer instante, incapacitando-o muitas vezes de ver a realidade como ela realmente é, e buscar soluções.

TDAH Tipo Misto / Combinado: Sintomas e Características

Lembre-se que um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Na suspeita do transtorno, procure um especialista para uma avaliação e diagnóstico mais detalhado.
Se você se identificou com os sintomas principais do TDAH, faça o Teste Online para TDAH ou veja a lista completa dos TESTES ONLINE do IPDA, incluindo ansiedade, baixa auto-estima, depressão, stress / esgotamento (Síndrome de Burnout) e outros problemas que também levam a problemas parecidos com o TDAH.

Para se responder se o tratamento sem para medicação para TDAH é mesmo possível, um primeiro aspecto que deve ser analisado é: o TDAH é um problema de base orgânica - ou seja, tem relação com padrões específicos de funcionamento cerebral. Contudo, isto não quer dizer que todas as dificuldades se reduzam a esta base orgânica. Deve-se levar em conta também que a intensidade do problema pode variar - dos casos mais leves até os mais graves. Finalmente, é preciso levar em conta que, uma vez que uma alteração orgânica relevante pode fazer parte do problema, como ela será incluída no plano de tratamento.

Tratamento sem medicação para TDAH: É mesmo possível?

Um bom exemplo relacionado ao TDAH é: uma criança que seja portadora de TDAH com hiperatividade e que, ao mesmo tempo, está acima do peso desde muito cedo, é assediada por seus colegas de sala, sendo chamada de "baleia orca" ou 'Free Willy" e que declara detestar a escola. O TDAH é parte do problema, com certeza. Contudo, é incorreto esperar que o caso será bem atendido apenas baseando o tratamento em medicação psicotrópica para a desatenção ou hipertividade, como a Ritalina ou Concerta. Este caso é um exemplo no qual um componente não medicamentoso deve ser obrigatoriamente incluído no tratamento.
A medicação com estimulantes, como a ritalina, é uma das alternativas para as alterações orgânicas. Porém esta não é a única alternativa. O Neurofeedback é um tipo de tratamento direcionado a alterar os padrões de funcionamento cerebrais, de forma natural e não invasiva. Ambos os tratamentos tem seus aspectos positivos e outros não tão positivos. A medicação tem efeito rápido, porém o efeito dura apenas o tempo em que a pessoa está medicada - em torno de 4 a 6 horas. Além disso, o tratamento com remédios não tem prazo para terminar. No caso do Neurofeedback, o tratamento é mais longo (pelo menos 6 meses) e os resultados não são imediatos - o lado positivo é que os efeitos são igualmente de longo prazo e se mantém mesmo após o término do tratamento. Veja mais sobre a comparação entre os tratamentos com Neurofeedback e ritalina.
Ou seja, há mais de uma alternativa para tratar o TDAH - não apenas medicamentos estimulantes. O importante entender que os problemas tem causas múltiplas, é começar com um bom diagnóstico diferencial e um plano de tratamento, que leve em conta tanto as necessidades de curto e longo prazo - e a possibilidade de terminar um tratamento sem perder os ganhos adquiridos.

TDAH tem cura? Não, mas pode e deve ser controlado 

Quando se usa medicação, seu efeito é provisório - permanece pelo tempo que a substância estiver no organismo. No caso da Ritalina 10mg, dura em torno de 4 horas. Prescrições de longa duração podem durar entre 6 e 8 horas. Quando o efeito do remédio acaba, todos os sintomas retornam.
Se a escolha pelo tratamento é baseada exclusivamente em drogas psicoestimulantes (o caso da Ritalina), não há perspectivas em abandonar a droga. Ou seja, um tratamento com remédio - ritalina ou outro - é um tratamento para o resto da vida. Esta é a principal razão pela qual muitas pessoas são contra a alternativa medicamentosa - há o desejo de libertar-se, a si ou a seus filhos, de um tratamento com droga psicotrópica sem prazo para terminar.
A medicação normalmente traz um efeito de curto prazo e bastante eficaz. Entretanto, ela não ensina nada à pessoa – quando seu efeito acaba, tudo volta ao estado inicial. Outras alternativas, como o Neurofeedback, a Psicoterapia Comportamental-Cognitiva e o Coaching Comportamental levam a ganhos permanentes, pois envolvem processos de aprendizagem e, desta forma, preparam a pessoa para lidar melhor com as limitações do TDAH ou até mesmo a superá-las.
É preciso ressaltar que o fato da medicação produzir efeitos limitados não significa que ela não deva ser usada como parte de um plano de tratamento, quando corretamente indicada. Significa, antes, que qualquer modalidade de tratamento deve levar em conta tanto o alívio dos sintomas quanto a necessidade de desenvolver novas competências, habilidades e padrões de comportamento.
Para melhores resultados, os tratamentos devem levar em conta as deficiências e necessidades específicas do caso, aliando formas de educação, treinamentos e terapias, além de medicação. Considerar apenas o fator orgânico - cerebral - normalmente leva à frustração e à desistência do tratamento.
Todas estas siglas fazem referência aos problemas centrais que caracterizam o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade.

Pode ser descrito como TRANSTORNO ou DISTÚRBIO, por isto T ou D. DDA é a sigla mais antiga e atualmente menos usada, referente Distúrbio de Déficit de Atenção.

A Desatenção pode vir acompanhada de Hiperatividade e impulsividade, assim as variam de acordo. Em inglês, os termos mais comuns são ADD and ADDH - Attention Deficit Disorder with Hiperactivity.

TDAH - Diagnóstico e tratamento especializados para TDAH - Déficit de Atenção e Hiperatividade no IPDA - Instituto Paulista de Déficit de Atenção


Clínica especializada em diagnóstico e tratamento de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ansiedade, depressão, problemas de aprendizagem e comportamentais que prejudicam o desempenho estudo, trabalho e relacionamentos.


TDAH e Hiperatividade: Como ajudar?

Se distração, hiperatividade, agitação, bagunça, impulsividade, esquecimento, desorganização, adiamento crônico são muito intensos, é possível ser um caso de TDAH (DDA) - Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade. Neste caso, vale a pena procurar um especialista em TDAH. Conseguir um bom diagnóstico e indicações de tratamento são essenciais para conseguir melhor desempenho nos estudos, no trabalho e mais qualidade de vida. 

Fonte: http://www.dda-deficitdeatencao.com.br

Postado por: Ana Cláudia Foelkel
CRP: 06/86466
Psicóloga Clínica e Organizacional
Consultoria R&S e T&D
(11) 97273-3448

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